O F.C. Porto é o novo campeão nacional. Parabéns.
Justo e indiscutível. Foi a equipa mais forte, mais regular e mais competitiva.
André Villas-Boas provou que é de facto um bom treinador. Tem um futuro promissor pela frente. Este é o primeiro título de muitos que irá conquistar pelo mundo fora.
Este F.C. Porto caracteriza-se pelos elevados índices de motivação, disciplina táctica e ambição. Um plantel bem construído e equilibrado permite ao F.C. Porto arrecadar mais um título quando ainda faltam disputar algumas jornadas.
Importa referir que tudo começou em Aveiro a 7 de Agosto. A vitória do F.C. Porto na Supertaça galvanizou, deu confiança e moralizou a estrutura azul e branca vencendo o então favorito Benfica.
Falta definir a Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa, continuando tudo em aberto.
Atribuído que está o título devemos reflectir sobre uma situação altamente preocupante – a violência.
Bem sei que não é fenómeno exclusivo do desporto, mas nos últimos tempos a situação tem estado muito próxima da “tragédia”. Importa prevenir pois o futebol é uma festa, de todos e para todos.
Ver um polícia pendurado na janela de um Renault Clio com uma arma apontada, ver cenas de pancadaria nos acessos aos estádios, ver casas de clubes vandalizadas, agressões gratuitas, zonas comerciais destruídas, bolas de golfe arremessadas, não ajuda em nada os espectáculos que queremos.
Assim é difícil aumentar os números de espectadores nos estádios. Não precisamos de mais leis, importa aplicar a legislação em vigor e cumprir os regulamentos da Liga. Importa igualmente sensibilizar os dirigentes para terminarem com o ping-pong habitual e que provoca um aumento de tensão absolutamente dispensável.
Não é apagando a luz que as questões se resolvem.
Os adeptos querem e merecem bons espectáculos.
Queremos festa.
Pontapé-de-Saída, A Bola, 05/04/2011