ORGANIZAÇÃO E DESORIENTAÇÃO

1 de Março de 2011

Portugal jogou frente à Argentina e perdeu. Fez uma exibição interessante o que vem confirmar o bom caminho trilhado sob o comando de Paulo Bento. Portugal saiu de cabeça erguida. O único factor negativo foi o estado do terreno num jogo que foi visto por 100 milhões de pessoas em 80 países demonstrando assim o impacto do futebol pelo mundo fora.

Portugal e Argentina mostraram as potencialidades de um espectáculo onde os protagonistas são os jogadores e os treinadores. Se assim não é surgem problemas de difícil resolução que em nada ajudam o futebol dentro das quatro linhas.

Ao olharmos para o Sporting verificamos que a instabilidade foi uma constante, no balneário, na gestão e nos gabinetes – Pedro Baltasar na SAD; Ribeiro Teles na Direcção; Paulo Bento e Carvalhal como treinadores; Pedro Barbosa, Sá Pinto, Salema Garção e Costinha como directores desportivos; João Moutinho e Liedson no balneário. Problemas a mais com resultados a menos. Diz o velho ditado que “casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”, mas mesmo com pouco pão era possível fazer muito mais e muito melhor.

José Eduardo Bettencourt perdeu imenso tempo com intriga palaciana dando atenção a quem não merecia relegando para um plano secundário o “negócio” do futebol. Deu confiança a muitos e foi traído pelos acontecimentos e pelos maus conselheiros. Ainda agora com a confusão ao rubro, José Couceiro desmentiu Costinha no dossiê Liedson. Mais uma prova de desorientação e desorganização reinante no universo sportinguista e de falta de estratégia para o futuro.

Estratégia é o que parece faltar também no nosso futebol no que diz respeito aos estatutos da FPF.

Meu Deus, que grande encruzilhada. E alguns insistem em manter este insólito braço de ferro. Quem será que lhes dá abrigo? Quem os protege?…

Pontapé-de-Saída, A Bola, 14/02/2011

4 Linhas

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