NÃO PODEMOS ANDAR PARA TRÁS

13 de Dezembro de 2010

Muito se tem falado em arbitragem nas últimas semanas. Do fora de jogo ou do penalty mal assinalados, do apito que afinal não apitou e do cartão mal mostrado. Mas pouco se tem falado de condições para um melhor desempenho de todo sector da arbitragem.

A UEFA e o Sr. Platini continuam a resistir à introdução de meios tecnológicos que contribuam para uma melhor decisão sem interrupção do jogo. Não sei até quando este “capricho” se vai manter pois já não restam dúvidas de que a medida uefeira de ter mais dois árbitros não interessa a ninguém e de pouco serve a não ser para estorvar.

Em Portugal Vítor Pereira tudo tem feito para valorizar o sector da arbitragem. Infelizmente, por vezes, parece que está sozinho pois são poucos os que colaboram com os responsáveis da arbitragem profissional. Uns por mero calculismo eleitoral, outros por manifesta incompetência e ainda outros por velhos interesses instalados.

A legislação aponta para um único conselho de arbitragem constituído por secções especializadas. O bloqueio estatutário das associações distritais tem atrasado também esta reforma. Até quando se manterá o bloqueio?

Foi tornado público que as eleições federativas teriam lugar em Fevereiro, logo até essa data devem ser dados todos os passos para actualização estatutária pois ninguém perceberia que estas eleições fossem realizadas com estatutos fora da lei… digo eu.

A arbitragem tem que ter uma atenção especial ao recrutamento, à formação e fundamentalmente à avaliação. Os jovens só aderem à arbitragem se perceberem as regras de funcionamento, estas têm de ser claras, transparentes, objectivas e rigorosas, para além dos incentivos legais.

Para essa reforma não podemos prescindir do saber, da inteligência, da competência e do prestígio internacional de Vítor Pereira.

Espero que assim seja.

Pontapé-de-Saída, A Bola, 13/12/2010

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