Muito se tem escrito sobre as eleições no Sporting após o pedido de demissão de José Eduardo Bettencourt.
Esforço, dedicação, devoção e glória são as palavras-chave que têm que estar nas prioridades do próximo presidente.
O futuro do Sporting não passa por uma subserviência a qualquer clube, pela venda de activos a concorrentes directos e não pode ter nenhum regime de exclusividade ao nível do agenciamento. Esses foram erros cometidos num passado recente.
O Sporting precisa de ambição e responsabilidade, coragem, determinação e paixão.
Precisa de liderança e estratégia de médio e longo prazo, dispensa medidas avulsas e casuísticas. Precisa de ter uma equipa de futebol altamente competitiva e dispensa os oportunismos de ocasião. Precisa de potenciar ao máximo a Academia de Alcochete.
O Sporting precisa de valorizar a sua equipa de futebol. Os seus responsáveis devem explicar à banca que é quase impossível efectuar uma recuperação e consolidação financeira se não se apostar numa boa equipa de futebol que possibilite a obtenção de títulos nacionais e internacionais.
Um Sporting dividido não é respeitado. Um Sporting forte, coeso e unido é mobilizador e terá cada vez mais influência junto dos decisores, incluindo os bancos.
Quando falamos da participação de um fundo de gestão no Sporting, estamos a falar de dinheiro para aplicar em activos e assim rentabilizar o investimento.
O Sporting não pode continuar nesta agonia, precisa de ganhar. Precisa de um presidente mobilizador onde os sócios e simpatizantes acreditem no crescimento e consequente afirmação do clube junto dos seus associados.
Candidatos parecem não faltar, compete aos sócios perceberem qual é o projecto verdadeiramente reformista e gerador de entusiasmo, que seja diferente daquele que no passado levou o Sporting a marcar passo.
Pontapé-de-Saída, A Bola, 01/02/2011