FUTEBOL MAIS POBRE

27 de Dezembro de 2010

Já passaram alguns dias do Natal. Espero que todos tenham tido um bom Natal, uns com mais outros com menos, mas todos como o mínimo aceitável para esta quadra festiva.

Várias notícias tristes das quais destaco o desaparecimento de Pôncio Monteiro e de Aurélio Márcio. Um foi dos mais influentes dirigentes do FCP, dotado de um extraordinário sentido de humor, acutilante mas sempre respeitador e com grande inteligência. Aurélio Márcio, um jornalista à moda antiga, um apaixonado da escrita e uma referência do jornalismo português. Um verdadeiro embaixador, distinguido pelos governos e diversas entidades. Nesta época natalícia o desporto português ficou mais pobre e ainda mais triste.

Quando uns partem outros regressam. É o caso de José Couceiro. O seu regresso ao Sporting é um sinal importante. Um sinal de alguém que tem muita experiência no futebol e que pode ser de enorme utilidade também para potenciar a Academia de Alcochete que tem sido um exemplo de sucesso com reconhecimento nacional e internacional, sendo o seu modelo já exportado para outros países.

Por falar em outros países sabemos que Michel Platini prepara a sua reeleição no congresso da UEFA. É preocupante o impasse que se vive na Federação com repercussões internacionais. Se em Portugal a FPF não se colocar dentro da legislação em vigor terá também problemas na sua relação com o exterior, UEFA e FIFA.

Depois de reunido o CND não podem os responsáveis fingir que nada se passou. Neste conselho aconteceu de tudo, uns faltaram, outros saíram mais cedo, alguns assobiaram para o lado e ainda existiram uns poucos que pediram medidas mais duras pela manifesta falta de respeito com a legislação em vigor.

Julgo que chegou a hora das associações darem um sinal de boa vontade para se encontrar uma solução que ultrapasse o impasse que nada dignifica o futebol.

Pontapé-de-Saída, A Bola, 27/12/2010

4 Linhas

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