Os desportistas são muitas vezes exemplos para a sociedade.
São aplaudidos por multidões eufóricas e por vezes, passados que são os tempos de glória, ficam encostados a um canto onde poucos lhes ligam.
Li, recentemente, que Albertina Dias, campeã nacional de crosse em 1993 e participante nos jogos olímpicos de Seul, Barcelona e Atlanta, tinha colocado à venda as medalhas conquistadas. Não estava a acreditar.
Estranho este país que não consegue criar mecanismos de apoio para quem tanto deu à comunidade.
Já aqui falei sobre o fim das carreiras, é urgente criarem-se mecanismos de apoio, transparentes, objectivos rigorosos para que esta situação dramática vivida pela campeã Albertina Dias não se repita. É muito triste.
É igualmente estranho que o Primeiro-Ministro e um dos maiores criadores de emprego em Portugal se travem de razões na praça pública. Nada dignificante a reacção de José Sócrates a Alexandre Soares dos Santos sobre questões relacionadas com a nossa economia. Mal agradecido a quem tanto tem feito para dinamizar a nossa pobre e triste economia.
Estranha foi a participação de Alberto Contador na Volta ao Algarve em ciclismo. Todos esperavam mais, fez figura de corpo presente atraindo público à estrada e comunicação social estrangeira ao Algarve.
Estranha também foi a conclusão da reunião das associações distritais de futebol em Coimbra. Uns estão a trabalhar para encontrar uma boa solução e outros querem uma reunião com a UEFA e FIFA para ouvirem de viva voz o que pensam as instituições do futebol sobre a proposta de estatutos.
Espero que caso a UEFA e FIFA se pronunciem positivamente sobre a proposta em cima da mesa, este assunto seja definitivamente encerrado. Já chega de tanto adiamento para a reposição da legalidade. É estranho não é?
Pontapé-de-Saída, A Bola, 22/02/2011