A cimeira da NATO marcou a agenda dos últimos dias relegando as questões desportivas para um plano secundário.
Ninguém fica indiferente à presença de Barack Obama, Sarkozy, Angela Merkel, Berlusconi, Durão Barroso entre muitas outras personalidades. Lisboa ficou com um ar mais cosmopolita.
A NATO escolheu Lisboa e percebemos que Barack Obama continua a ser o americano mais adorado no continente europeu.
Como em outras cimeiras de âmbito europeu ou mundial existem sempre conversas paralelas onde o futebol é abordado.
Discutem-se as selecções, fazem-se comentários sobre o desempenho desportivo dos clubes nas competições europeias organizadas pela UEFA e também se converse sobre a realização de eventos desportivos com grande relevância económica e importância estratégica.
Inevitavelmente o Portugal-Espanha foi motivo de muita conversa.
Portugal banalizou os Campeões do Mundo.
A Espanha não foi capaz de dar luta a uma selecção portuguesa que contou com um Cristiano Ronaldo inspirado. Com Paulo Bento voltou a alegria à equipa das quinas. Portugal joga um futebol agradável e tem os jogadores super motivados.
É verdade que o jogo era amigável, mas já diz o ditado “amigos, amigos, negócios à parte”. Obviamente que ninguém gosta de perder e mais importante foi a exibição categórica de Portugal que vulgarizou a Espanha.
No jogo faltou apenas uma coisa… o público.
Para compensar a ausência do público espero que tenha funcionado em pleno a diplomacia para promover a candidatura ibérica ao Mundial 2018/2022 na qual acredito.
Vi o jogo com quatro espanhóis. Estavam conformados e espantados com a qualidade do futebol praticado. Estavam surpreendidos com Hélder Postiga e vibraram com Ricardo Carvalho, Pepe e Cristiano Ronaldo. Perguntaram: onde esteve este Portugal que não vimos no último Mundial?
Pontapé-de-saída, A Bola, 16/11/2010